Biografia

A infância em Porto Alegre e seus primeiros passos como modelo. Viagens pelo mundo e sua  história com a TV. Jornalista, modelo, atriz, apresentadora de TV e roteirista. Saiba mais sobre a trajetória de Fernanda Lima.

Ela cresceu ao lado dos dois irmãos, Rodrigo e Rafael, e, incentivada por eles, vivia brincando fora de casa. Durante boa parte da infância, Fernanda era apenas mais uma no grupo dos moleques. A hiperatividade foi alimentada pelos pais professores de educação física na época. A lista de esportes que ela praticou é variada e grande: ginástica rítmica e olímpica, natação, patinação, ballet, jazz… sem contar que era titular dos times de vôlei e handball da escola, e, na hora do recreio, a primeira a pegar a bola para a queimada. Anos mais tarde, seria capaz de concentrar toda essa energia na prática diária da Ashtanga Yoga, uma forma bastante física e extenuante da modalidade, que Fernanda faz até hoje.

Emotiva, caseira e chorona como todo a canceriana, Fernanda nasceu no dia 25 de junho de 1977 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Cresceu cercada por uma família grande, afetuosa e festeira. Em um domingo qualquer, o churrasco era freqüentado por primos, avós e avôs, tias, tios, vizinhos, “cumpadis”. Nessas horas alguém sempre pegava um violão e, enquanto o chimarrão corria de mão em mão, as memórias de Fernanda iam sendo formadas. Ela se lembra das idas ao sitio, dos passeios pelos cipós, da casinha de boneca, dos ovos de páscoa escondidos no mato, das festas juninas e da sensação boa que vinha com o Natal, do cheiro da grama cortada.

Como sempre gostou de água – parada ou corrente, doce ou salgada, quente ou fria – esperava ansiosa pelos dias em que, com os pais e os irmãos, ia para a praia de Imbé, onde passavam os verões. Foi ali que desenvolveu uma certa mania de brincar de “produção de shows”. Passava horas bolando coreografias e performances que depois apresentava à família. Gostou da sensação e convenceu os primos a apresentarem com ela um programa jornalístico. Eles eram os âncoras e os repórteres: saíam às ruas para fazer pesquisas de intenção de voto e depois usavam a casa como estúdio de gravação para “levar ao ar” o noticiário.

Na escola não era má aluna, mas também não levava os estudos assim tão a sério – com exceção das aulas de inglês, que seriam tão úteis quando ela viajou o mundo como modelo.

Foi na praia do Imbé que ela passou boa parte da adolescência. Ficava tanto na areia e no mar que a mãe, quando queria que ela voltasse para jantar, estendia uma toalha vermelha na janela.

No final da adolescência estava na praia quando foi vista por um fotógrafo que disse que ela poderia ser modelo. Como sonhava em conhecer o mundo, achou que seria uma chance bacana e topou fazer um book. Depois disso, não parou mais de viajar, muitas vezes sozinha, o que nem sempre era bom, ainda mais tendo que lidar com as rejeições que sempre vêm com uma carreira de modelo.

Mas a experiência serviu para amadurecimento e conquistas. Chegou a achar que talvez nunca mais fosse querer morar no Brasil, mas longe da terra onde nasceu conseguiu enxergar quanta riqueza existe na cultura brasileira e, um dia, resolveu voltar para ficar.

Foi quando a MTV chamou Fernanda para apresentar o Mochilão e ela, outra vez, viajou – agora para o Hawaii. No Hawaii decidiu que quando voltasse faria faculdade de Comunicação. Quatro anos depois estava formada em jornalismo e já comandando um programa na Rede TV, o Interligado, e morando em São Paulo.

Em frente às câmeras entendeu que havia chegado onde sempre quis – esse era, assim como a praia, seu habitat. Era o que gostava de fazer, era onde se sentia bem e inteira.

Depois de um ano, voltou à MTV para apresentar o programa de namoro Fica Comigo, e outra vez o Mochilão.

Foi quando começou a ser chamada para comandar eventos. Os primeiros foram o duas edições do Vídeo Music Brasil, em 2002 e 2003, um caminho que a levaria à tremenda honra de ser escolhida para apresentar o sorteio da FIFA para a Copa do Mundo do Brasil.

Depois de quatro anos na emissora que a descobriu, decidiu dar um tempo e tirar um ano para pensar na vida; precisava de um período sem compromissos e sem agenda apertada.

Em 2005, trocou São Paulo pelo Rio e foi convidada para substituir Angélica, que sairia de licença-maternidade, no Vídeo Game. Conheceria ali todo o profissionalismo e a competência da Rede Globo.

Quando Angélica voltou, Fernanda soube que seria escalada para fazer uma novela na casa. Não havia planejado virar atriz, não sabia se gostaria, mas achou que se os ventos estava soprando para aquele lado talvez devesse se jogar. Nunca foi de negar desafios, e esse era claramente um dos grandes, até porque foi escalada como protagonista. A novela era Bang Bang, um faroeste de Mario Prata, que foi ar às sete horas.

A experiência foi válida e inesquecível, mas agridoce. Como nunca havia sido exposta daquela forma, especialmente em um veículo com o alcance da Globo, não estava preparada para tantas criticas. Ainda assim, conseguiu sair do outro lado mais forte e preparada, sabendo que havia aprendido coisas que normalmente não conseguimos aprender quando tudo está sempre bem porque, afinal, a gente só cresce em duas circunstâncias: no amor e na dor.

Depois de Bang Bang ela seria escalada para Pé na Jaca, no papel de uma top model engraçada, apaixonada e inconseqüente. Já mais escolada aproveitaria essa segunda experiência de forma relaxada e sem se preocupar tanto com o olhar do outro.

Foi chamada para apresentar alguns quadros no Fantástico e, outra vez, para cobrir a gravidez de Angélica no Vídeo Game. Dessa vez, já casada com Rodrigo, ela também estava grávida, embora nos primeiros meses. A partir daí a carreira evoluiria a ponto de chegar a ter seu próprio programa na Rede Globo – o pioneiro Amor e Sexo.

Mas a ficha caiu mesmo um pouco antes, quando completou 30 anos e entendeu que a vida com a qual ela um dia havia sonhado era agora realidade. Morava em uma casa que ela mesma idealizou e desenhou, já não se cobrava tanto profissionalmente, tinha a seu lado uma pessoa que a entendia e estimulava, e esperava pela chegada de dois gurizinhos, que viriam de uma só vez, e aos quais se dedicaria integralmente para que pudessem crescer saudáveis, fortes, amparados e amados.

Um novo ciclo se iniciava. E ela não estava mais sozinha.

Milly Lacombe – Setembro 2014

Apresentação

  • Amor & Sexo (Programa, Globo. Apresentadora. No ar desde 2009)
  • Superstar (Reality show musical, Globo. Apresentadora. 2014)
  • Fifa’s Ballon d’Or 2013 (Especial. Apresentadora. Suíça. 2014)
  • Congresso da Fifa (Especial,. Apresentadora. Brasil. 2014)
  • Sorteio final dos grupos da Copa do Mundo 2014 (Especial. Apresentadora. Brasil. 2013)
  • Sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo 2014 (Especial. Apresentadora. Brasil. 2011)
  • Lançamento do emblema da Copa do mundo de 2014 no Brasil (Especial. Apresentadora. 2010)
  • Fantástico (Jornalístico, Globo. Apresentadora. 2007/2009)
  • Por toda minha vida (Programa, Globo. Apresentadora. 2006/2011)
  • Vídeo game (Programa, Globo. Apresentadora. 2005/2007/2008))
  • Fica comigo (Programa, MTV. Apresentadora. 2000/2003)
  • Mochilão MTV (Programa, MTV. Apresentadora. 2000/2003)
  • Verão MTV (Programa, MTV. Apresentadora. 2000/2003)
  • TV Escolha (Programa, Rede TV. Apresentadora. 2000)
  • Interligado (Programa, Rede TV. Apresentadora. 2000)

 

Novelas

  • Beleza pura (Novela, TV Globo. Participação. 2008)
  • Pé na jaca (Novela, TV Globo. Personagem: Maria Bo / Branca Maria Botelho Bulhões. 2006)
  • Bang Bang (Novela, TV Globo. Personagem: Diana Bullock. 2005)
  • Desejos de mulher (Novela, TV Globo. Personagem: Ankita. 2002)

 

Cinema

  • Maria Ninguém (Curta-metragem, direção de Valério Martins da Fonseca. Personagem: Brigitte Bardot. 2008)
  • A dona da história (Longa-metragem, direção de Daniel Filho. Personagem: Maria Helena. 2004)
  • Ligado em você – Stuck on you (Longa-metragem, direção de Peter Farrelly e Bobby Farrelly. EUA. Personagem: Susie. 2003)

 

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